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terça-feira, 17 de maio de 2011

Mulheres apostam no parto humanizado

ALINE MELO
PARA O DIÁRIO REGIONAL
Elas não querem o conforto de hospitais, nem se impressionam com estrelas de TV que aparecem escovadas e maquiadas instantes antes da cirurgia. Em busca de maior protagonismo no momento do parto, um número crescente de mulheres procura atendimento humanizado para o nascimento dos filhos, sem intervenções médicas desnecessárias e com liberdade de escolha.

No lugar de anestesia, optam por massagens e banhos quentes. Ao invés de tomar soro com medicação para acelerar o trabalho de parto, aguardam pela resposta natural dos hormônios que agem durante o processo do nascimento.Esses procedimentos estão presentes no parto humanizado, que de acordo com as gestantes que defendem o método, respeita o tempo da mãe e do bebê.

“Essa concepção considera o parto um processo fisiológico da mulher em que é sujeito da ação de parir e o médico deve ser um facilitador.

Ou seja, a gestante é protagonista”, explicou o diretor de Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas do Ministério da Saúde, Antônio Luiz Telles. “A ideia de humanizar o parto é dar o máximo de conforto à mulher, criando o melhor e mais adaptado ambiente a ela”, completou.

“Sempre acreditei que o melhor fosse o parto normal. Quando engravidei, comecei a me informar. Depois de esclarecer as minhas dúvidas, fui em busca da equipe humanizada para ter a minha vontade respeitada”, afirmou Jacqueline Alves, técnica de informática e moradora de São Bernardo.

Após ter sua primeira filha de parto normal no Hospital São Luiz, em São Paulo, Jac­queline optou na segunda gravidez por um parto domiciliar. “A decisão natural foi ter em casa, sem intervenção. Já sabia como era o processo e o receio das complicações que me fizeram optar pelo atendimento hospitalar da primeira vez não existiam mais”, declarou.

O parto da técnica de informática foi assistido por um obstetra da Capital e sua equipe, com enfermeira e pediatra. Além disso, Jacqueline também contou com a presença de uma doula, profissional que presta apoio físico, emocional e afetivo às futuras mães.

Aline Gerbelli, fonoaudióloga, também viveu a expe­riência de um parto domiciliar em São Bernardo. Para o momento do nascimento, estavam previstas as presenças da médica obstetra e de uma parteira. “Na hora H, não conseguimos contatar a médica. A parteira amparou o Pedro, que estava com o cordão enrolado no pescoço, e foi tudo muito tranquilo”, contou a profissional de saúde.
Domingo, 8 de Maio de 2011 
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